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COMEMORAÇÃO

25 de Julho, Dia do Escritor

Escrevemos porque a escrita nos liberta, nos cura e nos salva, com ou sem leitores, escrevemos para nós mesmos.

Publicado em 24/07/2018 às 22:30

Fomos solicitados desde sempre a escrever cartas, cartinhas, cartões, emprestando o nosso sentir para aqueles que sentiam, mas não sabiam expressar o sentimento. (Foto: Divulgação)

Dia 25 de julho é a data em que se comemora o Dia do Escritor. Uns mais, outros menos, todos somos escritores. No momento, porém, em que fomos alfabetizados, e nos pediram para organizar pensamentos em palavras, frases e parágrafos, alguns de nós soubemos que havíamos nascido para escrever. Escrevemos, então. 

Quase sem escolha, começamos anotando frases, palavras e sentimentos em retângulos de papel, e depois em cadernos, até que escrever se tornasse um jeito de pensar com a mão e o papel. 

Acredito que todo escritor escreve na própria mente, no meio de uma festa, na madrugada de uma noite insone, nos momentos apropriados, e nos mais inusitados. 

Passamos por todas as fases da vida escrevendo, e enquanto os outros viviam impunemente, nós tínhamos o dever de relatar o que víamos e o que sentíamos. 

Tornamo-nos relatores da humanidade que vive intensamente e, de vez em quando, lê algumas letrinhas. 

Fomos solicitados desde sempre a escrever cartas, cartinhas, cartões, emprestando o nosso sentir para aqueles que sentiam, mas não sabiam expressar o sentimento. 

Escrevemos porque a escrita nos liberta, nos cura e nos salva, com ou sem leitores, escrevemos para nós mesmos. 

Eu considero uma nobre missão. Porque salvo raras exceções,  o escritor é um ilustre desconhecido do grande público. A maioria das pessoas consome a pequena literatura que produzimos,  e esquece o teor. Quando não, copiam o texto, e nem se dão ao trabalho de dar o crédito. 

De vez em quando levo um susto: porque um filho me nasceu em forma de texto, e o parto foi sofrido, mas outro e outra assumiram a paternidade e a maternidade desse filho meu. Assim, sem nenhum pudor. 

Nestes tempos de web, nesta terra de ninguém, todo escritor já passou por isso. Nada disso nos desanima. Escrevemos. Porque se não escrevemos, morremos.


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