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Canoagem ajuda jovem apucaranense a superar amputação

Publicado em 20/11/2017 às 06:15

Giovane Vieira de Paula jovem de 19 anos, reside no residencial Sumatra, zona leste de Apucarana. O que mais gosta de praticar, é a canoagem um esporte que mudou sua perspectiva de vida.

Com apenas onze anos, Giovane sofreu um grave acidente de trem e foi surpreendido quando o trem começou a se movimentar, ele tentou descer, mas caiu e teve sua perna esquerda amputada. Após a tragédia e desentendimento familiar, ele foi morar na “Casa Lar”, projeto que é mantido pela prefeitura e que tem por objetivo o acolhimento de adolescentes. A partir daí sua vida mudou completamente, ele começou a praticar natação e depois disso conheceu a canoagem, atividade pela qual despertou mais interesse.

Hoje em dia sua rotina de treinos é intensa, ele acorda às 4 horas da manhã, logo em seguida pega o ônibus metropolitano que vai até Londrina. Chegando lá, pega mais um ônibus coletivo que o leva até o Iate Clube. Assim começa seu treinamento que dura cerca de três horas, de segunda a sábado. Ele é acompanhado no seu treino por seu incentivador, o paracanoísta olímpico Igor Tofalini

Giovane alcançou em pouco tempo grandes. Foi medalha de prata na Copa do Brasil na canoagem. Foi medalha de prata na copa do Brasil de Canoagem nos 500 metros, vice-campeão no Campeonato Brasileiro de Canoagem nos 200 metros e medalha de bronze nos 500 metros. Campeão Pan-Americano no Equador e campeão do Parajaps 2017 em duas categorias.

 

TÓQUIO
“Participar das Paraolimpíadas de Tóquio, em 2020, é o meu objetivo”, afirma Giovane. Tudo o que ele fará a partir do próximo ano será pensando na próxima edição da competição. Ele acredita que 2018 será um marco em sua carreira. Dos treinos três horas diárias, ele passará a trabalhar em período integral e ampliar sua participação em torneios. 
Entre eles buscará o bicampeonato no ParaJaps que será realizado em Apucarana no ano que vem. “Pra mim será um orgulho defender minha cidade nessa competição”, ressalta o atleta. Outro grande objetivo é conseguir uma prótese para poder melhorar seu desempenho. “Com uma prótese adequada e equipamentos eu fico mais independente para poder fazer meus treinamentos. Hoje é preciso que alguém coloque o barco na água e me ajude a entrar e sair”, conta Giovane. 
Quando começou a nadar, aos 13 anos, Giovane não imaginava onde poderia chegar. Mas tinha a certeza de que queria ir longe. “Não imaginava, mas sempre sonhei muito alto. Meu técnico sempre me fala que eu posso ir longe. E nesse tempo eu fui vendo que posso mesmo”, afirma. “Quando decidi iniciar na canoagem coloquei na minha cabeça que queria ir em frente. Como sou novo ainda, estou apostando no sonho.

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