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MARKETING

Especialista ensina sobre como desenvolver Marketing Digital em tempos de crise

O mercadólogo e proprietário da Agência de Publicidade Lemon Comunicação, Allan Vanzella, dá dicas de como atravessar os tempos de crise

Publicado em 21/06/2020 às 21:00
Atualizado em

Allan Vanzella, sócio Diretor da Lemon Comunicação (Foto: Portal da Cidade Cruzeiro do Oeste)

A crise vem e por muitas vezes nos tira do comodismo de estar sempre fazendo a mesma coisa, divulgando do mesmo jeito, trabalhando os mesmos produtos, usando as mesmas mídias. O medo de falir, quebrar, nos faz ter atitudes e ações que nos levam a enxergar oportunidades de negócios, produtos e publicidades que nunca havíamos pensado antes. Na crise, CRIE.

Acredito em quatro pontos importantes:

Oportunidades: As empresas sempre encontram algum produto ou serviço que não estavam sendo utilizado da melhor forma, e começar a colocar em prática com as mídias digitais em tempos de crise, se torna o único caminho para que possa-se vender, divulgar e informar sobre o mesmo, assim pode-se nascer uma nova oportunidade de negócios que pós pandemias (crise) pode-se tornar um grande negócio da empresa.

Dificuldades: Quem não estava com uma presença online forte, ou mesmo nem estava na “internet”, com essa crise do Novo Coronavírus sua empresa digitalmente acaba de sumir. Pois as que já estavam, começam a engoli-la, visto que as pessoas “Clientes” já conhecem a mesma pela presença digital. Enquanto a empresa que não estava se atentando a este mundo no marketing digital vai sofrer mais, por mais que comece agora, as estratégias devem ser traçadas com foco inicial no reconhecimento de marca para após isso começar a iniciar uma venda. Pois as pessoas compram aquilo que elas conhecem e confiam.

Forças: Quem já estava muito bem engajado na comunicação digital do seu negócio, antes da crise, neste momento pode estar colhendo bons frutos, pois todos agora estão mais do que nunca conectados à internet “obrigatoriamente”, comprando, vendendo, opinando enfim. Quando se conhece realmente seu público alvo, e você consegue entregar um conteúdo de qualidade, automaticamente isso já vai lhe gerando um posicionamento em meio aos seus concorrentes, estar nas mídias digitais, não é apenas criar páginas, colocar um anúncio ou ter um site, vai além! É ter uma constância no que faz, é ser próximo do seu público e dos seus clientes, assim você vai sempre saber o que ele está precisando e poder entregar cada vez mais seu conteúdo e vender o seu produto.

“As pessoas não sabem o que querem até mostrarmos à elas” Steve Jobs

Inovações: Tem muita gente querendo inventar a “roda", o “fogo”, a “luz” e pouca gente querendo usar o que já existe e dar uma nova função inovadora.

*Lives sertanejas: As plataformas digitais como o Youtube, Facebook e Instagram já possuíam esse recurso de fazer LIVES, mas neste momento de pandemia ele está sendo usado e explorado mais do que nunca, abrindo novas portas para novos artistas e marcas anunciarem. Com isso já temos também a criação do LIVELIVE que será uma plataforma de shows no modelo Streaming, onde você paga uma assinatura e tem direito a vários shows exclusivos.

Em tempos de crise temos vários outros exemplos de empresas que superaram e se reinventaram para sobreviver no mercado, e hoje são sucesso no mundo inteiro, veja alguns exemplos:

AIRBNB

 A crise mundial de 2008 fez com que muitas pessoas e empresas parassem para repensar o consumo, levando em consideração a recessão global, as novas tecnologias e redes sociais e um novo sentido sobre “compartilhamento”. Em meio à busca de baratear serviços, Brian Chesky, Joe Gebbia e Nathan Blecharczyk criaram naquele ano o Airbnb, em São Francisco, na Califórnia. A ideia era criar um mercado comunitário para pessoas anunciarem e reservarem acomodações em seus próprios imóveis. Hoje, a startup está avaliada em US$25,5 bilhões.

UBER

Presente atualmente em 16 cidades brasileiras, o Uber também surgiu em um momento do pós-crise de 2008, quando a economia dos Estados Unidos ainda se recuperava e muitas pessoas buscavam “bicos” para complementar a renda. O serviço, foi criado porque os empreendedores Travis Kalanick e Garrett Camp tiveram dificuldade de pegar um táxi em Paris em uma noite de neve, inicialmente contava apenas com carros de luxo pretos. Foi quando os sócios perceberam que podiam oferecer um serviço padrão num mundo cada vez mais globalizado, mas com um preço mais acessível e numa nova lógica de se locomover nas cidades. Hoje, o Uber é avaliado em US$ 65 bilhões.

BMW

Várias montadoras já quase morreram em suas trajetórias. Talvez nenhuma tenha tido um caso tão forte quanto a BMW, que amargou 14 anos de prejuízo desde o final da segunda guerra mundial, até o ano de 1959. Uma votação de acionistas foi chamada nesta época para discutir a dissolução da empresa.

A ideia era vender tudo ou uma fusão com a Daimler-Benz, dona da Mercedes-Benz, que se tornaria a grande rival da BMW eventualmente. As propostas foram negadas pelos acionistas da empresa, que resolveram investir na criação de carros para atingir um novo segmento que a BMW não atingia, os sedãs de 4 portas – com o BMW New Class. Deu certo e a empresa ganhou fôlego.

A partir daquele ano, a BMW voltou a lucrar e comprou uma outra montadora alemã, a Glas, que tinha produtos complementares aos seus e garantiu o crescimento do corpo técnico da BMW para iniciar novos modelos. Logo depois, a BMW iniciaria as séries 3, 5 e 7, que são seus carros mais icônicos até hoje.

MARVEL

Dona dos “Vingadores”, a Marvel quase também morreu logo antes de começar a produzir seu universo cinematográfico. A década de 1990 foi extremamente ruim para a companhia – com a queda da venda de quadrinhos -, principalmente na sua segunda metade, com a companhia acumulando prejuízos e crescente dívida até pedir falência em 1996.

Durante a falência, a empresa procurou formas de obter novas receitas e entrar em novos mercados. Nesta mesma época, vendeu os direitos de cinema e suas duas principais franquias (Homem-Aranha e X-Men) para estúdios consagrados de Hollywood. Deu certo e a empresa começou a planejar um universo cinematográfico com suas franquias “B”.

Deu tão certo que levou um dos personagens mais fracos da Marvel, o Homem de Ferro, ao posto de super estrela. A Marvel começou a ganhar muito dinheiro com os filmes e licenciamentos e acabou sendo comprada pela Disney, que viu no modelo de negócios uma grande oportunidade de ganhar ainda mais dinheiro.

Hoje com a tecnologia da informação temos acesso a muitos conteúdos de valor, estudos, pesquisas, exemplos, só basta querer e focar em inovar que acontece.

Planeje sua ideia, coloque ela no papel, estude seu concorrente, analise seus pontos fortes e fracos, veja quais são suas oportunidades e forças, coloque em prática, meça os resultados e tenha certeza que você vai se destacar e atingir seu objetivo desejado.


Allan Vanzella

Mercadólogo, Especialista em Marketing Digital: Gestão de Performance Online e Neuromarketing.

Sócio Diretor da Lemon Comunicação - (44) 3676-3406

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