Portal da Cidade Cruzeiro do Oeste

FATALIDADE

Guardas envolvidos na morte de jovem durante abordagem vão a júri popular

Promotoria afirma que o agente Fernando Neves foi responsável pelo disparo que atingiu Matheus Ferreira Evangelista.

Publicado em 21/08/2018 às 01:37

(Foto: Reprodução: Rede social)

 O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu que dois guardas         municipais envolvidos na morte de um jovem em Londrina, no norte do          Paraná, em março deste ano, sejam levados a Júri Popular.

Na manifestação, publicada na segunda-feira (20), a promotoria identifica apenas o guarda Fernando Neves como principal responsável pelo crime e pede que seja retirado a acusação de homicídio de Michael Garcia.

O jovem Mateus Ferreira Evangelista foi morto durante uma abordagem da Guarda Municipal na região norte. Três agentes foram até uma casa para apurar um chamado de perturbação de sossego. Os guardas Michael Garcia e Fernando Neves foram presos e, desde então, eram apontados pela Polícia Civil e MP-PR como responsáveis pelo crime.

Na audiência realizada no dia 8 de agosto, Neves ficou em silêncio, mas Garcia explicou não ter visto o disparo, no entanto presenciou o colega nervoso e segurando a arma logo após o tiro ter acertado Evangelista, que tinha 18 anos.

Com base no depoimento de Garcia e de outras testemunhas, o MP-PR apontou que não há dúvidas de que o responsável pelo homicídio foi Fernando Neves. Pediu que o agente seja julgado pelo Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio, fraude processual e falsidade ideológica. Para o MP-PR, Neves preencheu o boletim de ocorrência com outras informações que não as verdadeiras.

Em relação a Michael Garcia a promotoria quer que ele seja responsabilizado por um disparo feito para o alto e por fraude processual, pois teria auxiliado Neves a alterar a cena do crime para dificultar as investigações.

As defesas ainda têm prazo para se manifestar. Depois disso a juíza responsável vai decidir sobre os pedidos do MP-PR. A promotoria também quer que os dois continuem presos.

O que dizem as defesas

A defesa de Michael Garcia disse que por esse recuo do MP-PR se comprovou na instrução que o disparo não saiu da arma de Michael, e agora será discutido esse disparo para o alto. O advogado pontuou que antes de qualquer pedido de recurso ou de liberdade do cliente vai esperar as alegações finais.

Fonte:

Deixe seu comentário