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SEGURANÇA

Paraná tem menor número de homicídios dolosos em 13 anos

Foram 175 mortes a menos de janeiro a dezembro do ano passado, quando houve 1.780 homicídios, em comparação com o mesmo período do ano anterior

Publicado em 31/03/2020 às 00:46

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Centro de Análise, Planejamento e Estatística da secretaria (Foto: Agência Estadual de Notícias)

O Paraná registrou em 2019 o menor número de homicídios dolosos dos últimos 13 anos, a partir do início da publicação do Relatório Estatístico Criminal pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. Foram 175 mortes a menos de janeiro a dezembro do ano passado, quando houve 1.780 homicídios, em comparação com o mesmo período do ano anterior (1.955 casos) – uma redução de 9%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Centro de Análise, Planejamento e Estatística da secretaria. 

No primeiro ano de divulgação das estatísticas de homicídios dolosos no site da pasta, em 2007, foram registradas 2.647 mortes, 32,7% a mais que neste último ano. Durante todo o período contabilizado, o maior número de registros ocorreu em 2010, com 3.276 mortes (45,6% a mais que em 2019).  

O secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, atribui a queda a diversas atividades desenvolvidas pelo Governo do Estado. “Este foi nosso primeiro ano comandando a Segurança Pública e conseguimos alcançar uma boa redução nos índices de homicídios dolosos. Esperamos manter o controle da criminalidade por meio de ações baseadas na estratégia e na inteligência”, diz.  

Dos 399 municípios paranaenses, 143 (35,8%) não registraram nenhum homicídio em 2019, e aproximadamente metade, 195 (48,8%), tiveram menos de cinco mortes durante todo o ano. Marinho também credita a redução à união de esforços. “Tudo isso é consequência de um bom planejamento e muita integração das forças policiais, que se reúnem semanalmente para debater ações de combate à criminalidade”, afirma. 

“O número é extremamente positivo, significa que temos uma polícia presente, que tem planejamento e emprego inteligente dos seus recursos, tanto humano como material, e a capacidade de estudar o crime e desenvolver estratégias para reduzi-lo ou anulá-lo”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, Péricles de Matos. “Na segurança todos estão trabalhando em sinergia e a polícia na rua, nos locais onde ela deve operar, colabora para os resultados”, avalia. 

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, a instituição tem investido na formação de seus policiais, em técnicas de inteligência e investigação. Ele acrescenta que a capacidade de relacionar informações sobre o tráfico de drogas e a atuação de organizações criminosas traz melhores índices na solução de homicídios que em grande parte estão relacionados a esses fatores.  

“Isso tem aprimorado consideravelmente a qualidade das investigações e das provas, resultando em inquéritos policiais muito bem fundamentados, criminosos presos e condenados ficam fora das ruas mais tempo. Além disso, outros evitam cometer homicídios, pois sabem que serão descobertos e presos. Assim, a redução no número de homicídios ocorre proporcionalmente”, explica Rockembach.


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