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POLÍTICA

Delegado Fernando protocola pedido de cassação do mandato do prefeito Pozzobom

Requerimento foi apresentado à Câmara do município na manhã dessa quarta (2) e é fundamentado em acusações de crimes de improbidade administrativa

Publicado em 01/06/2021 às 23:15
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Delegado Fernando (PSL) durante entrevista antes de protocolar o pedido de cassação do prefeito Celso Pozzobom. (Foto: Eduardo Sebim/ Portal da Cidade Umuarama)

O deputado estadual Fernando Ernandes Martins, o Delegado Fernando (PSL), protocolo um requerimento de cassação do mandato do prefeito de Umuarama Celso Pozzobom (PSC), nessa quarta-feira (2), na Câmara Municipal de Umuarama.

Durante entrevista coletiva antes da representação, o legislador estadual explicou que o conteúdo do pedido demonstra atos ilegais ou contrários aos princípios básicos da administração pública cometidos pelo prefeito na gestão da área da saúde.

“Esses crimes foram elencados por vereados na última e nesta gestão do prefeito, pelo Ministério Público e por órgãos de controle do Estado. Alguns são de conhecimento público, já outros estão contidos no documento”, revelou o deputado.

Ainda para o Delegado Fernando, o imbróglio que envolve o prefeito tem prejudicado a gestão da Saúde de Umuarama. “No momento ele [Pozzobom] não tem condições de ir ao Pronto Atendimento Municipal para ver que as pessoas estão sendo tratadas com precariedade, principalmente agora que temos a notícia de que um hospital fechou em Umuarama”, argumentou.

Sobre o hospital, o deputado se referia ao colapso do Hospital Nossa Senhora Aparecida, que nesta terça-feira (1º), interrompeu o atendimento a novos pacientes, segundo informações repassadas pela Central de Regulação de Urgências ao Samu Noroeste. Aliás, o coordenador do Samu Noroeste, o médico Alain Barros Corrêa, alertou em nota, também nesta terça, para o colapso da saúde local que atinge o atendimento de pacientes com coronavírus e qualquer tipo de quadro clínico em que seja necessário o atendimento hospitalar.

Diferentemente do pedido de afastamento do prefeito, o pedido de cassação deve ser apreciado pelos vereadores. Se for aceito, uma comissão processante formada por três vereadores deverá dar continuidade à análise dos fatos, votando item por item, e até ouvindo o prefeito. Mas somente os votos de dois terços do legislativo municipal podem retirar Pozzobom do cargo.

Desde a deflagração da Operação Metástase, no último dia 5, o prefeito é alvo de críticas e até protestos, alguns em frente a sua residência. A operação investiga a atuação de uma organização criminosa suspeita de praticar desvios na área da saúde. Os possíveis desvios somariam mais de R$ 19 milhões. O próprio prefeito foi alvo de busca e apreensão, que ocorreram em sua residência e em seu gabinete, no Paço Municipal.

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