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JUSTIÇA

Umuarama deve alocar crianças em creches próximas às residências, decide STF

Município alega que medida causa grave lesão à saúde, à segurança e à economia pública, além de ter indesejado efeito multiplicador

Publicado em 29/04/2020 às 07:56

Dias Toffoli lembrou os gestores da importância da priorização das políticas voltadas à educação infantil (Foto: Divulgação)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, negou pedido da Prefeitura Municipal de Umuarama para suspender decisões do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná que determinavam ao ente público a concessão de vagas em creche próximas às residências das crianças.     

O município alegava que as execuções judiciais causariam grave lesão à saúde, à segurança e à economia públicas, além terem indesejado efeito multiplicador. Segundo a prefeitura, diversas creches estão operando acima da capacidade, em prejuízo do serviço prestado. 

De acordo com a argumentação, incluir crianças em sala de aula por determinação judicial, sem qualquer planejamento prévio e sem observar os critérios estabelecidos pela Secretaria Municipal de Educação traz risco a todos os alunos e compromete a segurança e a saúde das crianças. 

Ao negar o pedido, o ministro Dias Toffoli lembrou que os gestores de recursos públicos devem se conscientizar da importância da priorização das políticas voltadas à educação infantil, mesmo em momentos de dificuldades orçamentárias. 

“O fato de um ente da federação receber uma ordem de alocar crianças em creches próximas às suas residências jamais pode ser considerado como algo que coloque em risco a saúde das crianças, notadamente dada a possibilidade de que, do contrário, essas crianças restem desatendidas, em locais inadequados e desprovidos de mínimas condições de recebê-las”, destacou. 

Para Toffoli, tampouco se pode falar em risco à economia pública quando se impõe à Prefeitura de Umuarama que destine verbas para cumprir uma ordem desse tipo. “Uma adequada atenção à criança, nessa fase de sua vida, certamente fará com que ulteriores gastos com saúde ou mesmo segurança pública, sejam poupados, no futuro”, concluiu.  

Procuradoria-Geral procurada 

O Portal da Cidade Umuarama questionou, na quinta-feira (23), a Procuradoria-Geral do município por meio da Secretaria Municipal de Comunicação Social sobre a decisão do STF, mas até o momento não houve uma manifestação. O espaço continua aberto para um posicionamento da Prefeitura.


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