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Cerca de 400 umuaramenses estão em tratamento contra o câncer

No dia de combate à neoplasia, umuarama se volta para a instalação do hospital do câncer

Publicado em 08/04/2015 às 06:27

Por iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), o 8 de abril é considerado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Nesta quarta- feira, as entidades de combate à neoplasia, como a Secretaria Municipal de Saúde tentam levar uma reflexão mais profunda sobre os desafios que a doença impõe à sociedade, principalmente na questão do tratamento e encontro de alternativas que levem mais humanização para o paciente.

Mesmo com a evolução da medicina, onde incluemse tratamentos modernos, o sofrimento oriundo do estado debilitante que o câncer proporciona em especial ao portador de tumor maligno, assim como propriamente a busca por uma cura definitiva, ainda são os grandes desafios dos pesquisadores. Os aspectos da patologia e da terapia têm reflexos contundentes a partir do diagnóstico na vida dos que enfrentam a doença e de seus familiares.

INCIDÊNCIA

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, o Inca, um dos mais respeitados centros de diagnóstico, tratamento e pesquisa da doença, aproximadamente 570 mil novos casos surgem a cada ano no Brasil. No Paraná, a maior incidência é de câncer de pulmão, colo do útero, mama e próstata. O melanoma (câncer de pele) provocado pela falta de proteção contra os raios solares durante o trabalho no campo também ganha destaque, principalmente entre os grupos étnicos de origem europeia. E em Umuarama toda a problemática que envolve a neoplasia não poderia ser diferente. Ainda sem um centro de referência para o diagnóstico e tratamento da doença, os acometidos pelo mal recebem todo o apoio necessário no combate à enfermidade na União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer (Uopeccan), em Cascavel, a 170 quilômetros da Capital da Amizade.

ROTINA

Conforme a coordenadora do setor de Tratamento Fora Domicílio (TFD) da Secretaria Municipal de Saúde, Maria José Roque Simões, atualmente existem aproximadamente 400 pessoas em tratamento na Uopeccan. “Todos os dias dois micro-ônibus partem para Cascavel, levando pacientes, e ainda contamos com ambulâncias, sendo utilizados diariamente em média três desses veículos para o transporte dos acamados”, salientou a coordenadora. TIPOS Os casos mais comuns de câncer entre os umuaramenses, ainda segundo a coordenadora, são de colo do útero, intestino (reto), mama, próstata e pulmão. “Com acesso mais fácil ao atendimento nos postos, o encaminhamento para diagnóstico, assim como para o tratamento ficaram mais práticos, por isso hoje temos tantos casos registrados”, disse Maria.

Curiosamente, enquanto era entrevistada, a coordenadora recebia a documentação de mais um paciente, desta vez com diagnóstico de tumor cerebral. O que poucos sabem é que por se tratar de um procedimento de alta complexidade, restrito ao setor médico neurológico, o tratamento também é dificultado. “Encaminhamos esses pacientes para Arapongas, Maringá ou Curitiba. Fazemos questão de comentar o quadro do paciente diretamente aos gestores desses hospitais em prol de um atendimento completo”, disse a servidora.

DRAMA

Lidando diariamente com os dramas desses pacientes e seus familiares, Maria classifica o câncer como o mal do século, confirmando que a doença altera a rotina dos amigos e familiares do portador, causando grande comoção.

“É difícil darmos uma orientação específica preventiva, pois a doença às vezes parece surgir sem indicativos, mas o hábito em torno de uma vida saudável seguida de visitas regulares ao médico pode sem dúvida ajudar”, orientou a coordenadora. A insegurança em determinar causas para o surgimento do câncer, bem destacado por Maria, é porque a maior parte dos tumores são aleatórios ou esporádicos, sendo que os hereditários constituem a menor parte nesta incidência epidemiológica. Mais isso não deve levar as pessoas a acreditarem somente na fatalidade. Para o presidente nacional da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, o oncologista Evanius Garcia Wiermann, os tabagistas têm muito mais “azar” que os nãofumantes, bem como os obesos, os imunodeprimidos e os sedentários em relação aos seus antagonistas salutares. O médico também orienta uma dieta balanceada, com mais frutas, verduras e menos frituras.

UOPECCAN

Mas ao menos em Umuarama, o combate ao câncer terá neste ano uma batalha com vitória antecipadamente garantida com a breve instalação do hospital da Uopeccan. Principalmente aos pacientes que realizam o tra- P De agosto de 2014 até a segunda- feira (6), 5.889 casos de dengue foram confirmados no Paraná, sendo que 12 evoluíram para a forma grave da doença. A Secretaria de Estado da Saúde também informou a ocorrência de mais três mortes por dengue no Estado. Com isso, sobe para sete o número de óbitos causados pela doença desde o início do ano.

Até agora, 32 municípios paranaenses estão em situação de epidemia e outros 28 em alerta por conta do aumento no número de casos. As novas mortes foram registradas em Ângulo, na região Norte, e Umuarama e São Jorge do Patrocínio, no Noroeste. A confirmação foi feita pela comissão estadual de mortalidade da dengue após análise laboratorial, clínica e epidemiológica de cada caso, com o apoio dos hospitais, secretarias municipais de saúde e regionais de saúde envolvidas. Os outros óbitos do ano ocorreram em São João do Caiuá, Loanda, Assis Chateaubriand e Matamento com quimioterapia e radioterapia, onde os efeitos colaterais ficam potencializados com o longo percurso entre Cascavel e Umuarama.

“Aqui, o próprio familiar poderá levar o paciente para o tratamento, esse apoio é fundamental na recuperação do doente. Temos casos de muitas pessoas que realizam as viagens desacompanhadas, sem amigos ou parentes”, argumentou a coordenadora.

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