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Descarte de resíduos de autópsias do IML será investigado

Publicado em 29/04/2016 às 05:55

Umuarama - A Vigilância Sanitária do Município recebeu uma denúncia ontem (28), de que resíduos de cadáveres que passam pelo IML (Instituto Médico Legal) de Umuarama estão sendo lançados na rede de esgoto da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná). A partir da denúncia, as equipes farão uma averiguação junto ao órgão responsável pelo tratamento do esgoto, se os resíduos são tratáveis e se existe a necessidade da instalação de tanques para o tratamento na estrutura do IML. 

Mesmo assim, de acordo com o chefe administrativo do Instituto, Castelar Paulino Rodrigues, os resíduos são realmente lançados diretamente na rede de esgoto. “O sangue, as fezes, e tudo o que sai dos corpos e passam pela tubulação (encanamento) das mesas, segue para a rede de esgoto”, explica.

Quando o administrador mostrou à reportagem o caminho que segue os dejetos, foi descoberto que existe uma caixa de contenção de água pluvial, por onde passam também os resíduos lançados da sala de necropsia. “Os resíduos saem pelo encanamento e seguem por uma tubulação na lateral do prédio, que liga até uma caixa para seguir depois à rede de esgoto na calçada”, apontaCastelar. “Todos os resíduos da cozinha do IML e do Instituto de Criminalística (instalado no segundo piso do mesmo prédio) também passam pela mesma tubulação e por esta caixa de contenção de águas da chuva”, explica. 

Quanto à liberação ambiental para o lançamento de resíduos, Geraldo Magela, chefe regional do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) relatou que será feita uma averiguação junto ao sistema na próxima semana, no intuito de descobrir se existe uma autorização para este descarte junto ao sistema de esgoto. “Vamos fazer uma busca no sistema operacional do instituto, a fim de descobrir se existe uma liberação, apesar de que se a Sanepar pode fazer o tratamento destes resíduos, acredito que não seja necessária esta licença. 

Mesmo assim faremos uma análise e aguardaremos a inspeção da Vigilância Sanitária”, lembra. Fábio Barzon, chefe da Vigilância Sanitária do Município reforça e afirma que as equipes vão verificar o sistema de esgoto por onde são lançados os resíduos e pode notificar o Estado para que tome as providências referentes às reformas necessárias. “Nós vamos averiguar as denúncias e verificar se o esgoto está sendo lançado na caixa de contenção de águas pluviais. Essa situação que não pode acontecer. 

Caso sejam encontradas irregularidades, o prédio pode até ser interditado se não forem cumpridas as normas determinadas na notificação”, revela Barzon, explicando ainda que o pedido de interdição pode ser feito através do acionamento do Mistério Público, ou diretamente pela Vigilância Sanitária.

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