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MONITORAMENTO

Febre amarela: Umuarama está em área de risco

Macacos que vivem em matas no 1º de Maio e Dom Bosco servem como alerta para presença de febre amarela na cidade, mas os primatas não transmitem doença.

Publicado em 16/01/2018 às 08:10

Os animais são vulneráveis ao vírus e ajudam a elaborar ações de prevenção e combate à doença. (Foto: Ricardo Trindade/Portal da Cidade Umuarama)

O aumento de casos de Febre Amarela em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais pôs autoridades de todo o país em alerta: a doença que não preocupava há 75 anos voltou e necessita de prevenção e vigilância. Por ser próxima a Ilha Grande, Umuarama é considerada uma área de risco e possui duas regiões em constante monitoramento: matas no Parque 1º de Maio e no Parque Dom Bosco. 

Chefe da Vigilância em Saúde, Flávio Posseti revela que o setor realiza a prevenção da doença monitorando bandos de macacos existentes nestes locais. Os animais são considerados um dos hospedeiros do vírus da doença, porém eles não a transmitem. "Constantemente nós fazemos a contagem e monitoramento dos primatas para ter certeza de que não há nenhum animal doente ou morto nessa região", explica.








Os macacos são contados e monitorados pela Vigilância em Saúde 

O monitoramento aos primatas serve como um alerta aos agentes de saúde quanto a presença da doença em áreas de vegetação, pois eles são vulneráveis ao vírus e ajudam a elaborar ações de prevenção e combate à doença. “Caso algum deles apareça doente ou morto, nós iniciamos uma investigação”, explica Flávio. 

TRANSMISSÃO

A febre amarela é um vírus transmitido por mosquitos. Na verdade, três: Haemagogus e Sabethes, que propagam a doença nos meios rurais e silvestres e o Aedes aegypti,  mesmo transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. "Por isso, nossa recomendação para os moradores é a mesma que fazemos quanto ao combate à dengue: que eliminem os criadouros do mosquito", explica.

Os moradores são orientados a adotarem os mesmos cuidados no combate à dengue, eliminando os criadouros do Aedes aegyti


VACINAÇÃO

De acordo com o Ministério da Saúde, é necessária apenas uma dose da vacina para garantir a imunidade por toda a vida. No Paraná, a vacina está disponível nos postos de saúde, indicada para crianças a partir dos nove meses e adultos até os 59 anos. 

Quem pretende realizar viagens para regiões como São Paulo, Rio de Janeiro ou áreas de matas e rios deve ter atenção redobrada. É preciso certificar-se de que a vacinação está em dia.

DOENÇA

As primeiras manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara, porém podem ocorrer insuficiências hepática e renal, olhos e pele amarelados, manifestações hemorrágicas, cansaço intenso. A febre amarela pode levar à morte.  

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