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Marca-passo de bebê à espera no PR é enviado por engano à Argentina

Publicado em 28/01/2015 às 05:41

O marco-passo que Isabelly Vitória, bebê paranaense de 15 meses com uma imunodeficiência grave, deveria receber até a quarta-feira (26) foi transportado por engano para Buenos Aires, de acordo com o Governo do Paraná.

A criança, natural de Rolândia, se recupera de transplante de medula óssea e está internada desde setembro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, em Curitiba, à espera do aparelho.

O equipamento custa R$ 500 mil e foi comprado pelo Estado depois de decisão da Justiça, publicada em novembro de 2014. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) ressalta que pediu urgência no pedido, mas a empresa responsável, Micromedical, a única que vende o marca-passo específico no Brasil o enviou, \"por engano\", para a Argentina. O produto entregue no endereço errado deve retornar para o Brasil.

Pedida a devolução imediata do equipamento, diz o governo, a empresa afirmou que o prazo de entrega, agora, é de mais 55 dias. Por isso, o Estado enviou pedido à Justiça para que o aparelho seja entregue em, no máximo, sete dias. A Justiça ainda não se pronunciou sobre o caso.

O representante da Micromedical, Ubirajara Condé, no entanto, afirma que é impossível atender o prazo solicitado pelo governo estadual. Segundo ele, o erro foi da empresa que fez o transporte.

\"Estamos tomando as providências necessárias para que o marca-passo chegue o quanto antes. O erro foi no transporte, sendo que foi levado para o lugar errado. Infelizmente, aconteceu. Agora, calculamos que o aparelho seja entregue até 15 de fevereiro. É o que podemos fazer\", explica. \"Nós lamentamos o ocorrido, mas está tudo controlado\", afirma o representante.

O pai da criança, Wagner Mello, também lamenta - e muito, segundo ele - mais atraso. \"É angustiante. Só a família entende o que é esperar para ver sua filha bem. Vamos ter fé para que chegue, né? O que me deixa mais tranquilo é que o médico disse que está tudo sob controle\", comenta. Ele afirma que não espera a hora de ter a filha em casa. \"Conto os dias. Já disse para o médico que vou cuidar dela em casa do mesmo jeito que eles cuidam na UTI\". O estado de saúde de Isabelly é considerado grave, mas estável.

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