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Saúde

Primeiro caso de febre amarela é registrado no Paraná

Mulher de 36 anos foi infectada durante viagem ao interior de São Paulo; quatro casos estão sob investigação no Estado

Publicado em 01/02/2018 às 05:09

Uma mulher de 36 anos foi diagnosticada com febre amarela em Curitiba. Ela é moradora da Capital e observou os primeiros sintomas da doença após retornar de uma viagem a Mairiporã (SP). A paciente recebeu atendimento médico, foi liberada e é monitorada pelas secretarias municipal e estadual de Saúde. 


A confirmação do diagnóstico foi anunciada em entrevista coletiva nesta quarta-feira (31). De acordo com a secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, a mulher infectada pelo vírus viajou para o interior de São Paulo entre os dias 22 e 30 de dezembro. "Ela esteve em Mairiporã, área de risco, e no dia em que viajou para Curitiba, já estava doente. Imediatamente, ela foi internada na Capital. A população pode ficar tranquila. Não há caso de transmissão da doença entre pessoas de Curitiba. No período de risco, de eventual transmissão, a paciente esteve internada", explicou. Além da capacitação de profissionais da saúde, a prefeitura realiza o monitoramento de macacos e não há sinais da presença do vírus. 

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), Júlia Cordellini, frisou que o caso é importado e que o Paraná não é considerada área de circulação viral da doença. "Não temos nenhum caso além desse no Estado. Nem mesmo importados. Não temos primatas mortos pelo vírus da febre amarela e também não são eles que transmitem a doença para os humanos", reforçou. 

O último registro de febre amarela urbana (transmitida pelo Aedes aegypti) no Brasil é de 1942. Os demais são referentes à febre amarela silvestre (transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça e dor muscular. Porém, os sinais mais comuns podem ser confundidos com os de outras doenças como dengue, zika ou uma simples gripe. 

Conforme Cordellini, não haverá mudanças no esquema de vacinação no Paraná. "A dose nunca foi fracionada e nunca será", esclareceu. A orientação geral é para que as pessoas que ainda não receberam a vacina contra a doença e planejam viagens para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia procurem a unidade básica de saúde mais próxima. A imunização também é indicada para quem pretende viajar para áreas perto de rios e matas. Quem já recebeu a dose uma única vez, não precisa ser imunizado novamente. 

De acordo com o Ministério da Saúde, 213 casos de febre amarela foram confirmados em todo o país entre 1º de julho do ano passado e 30 de janeiro deste ano. Nesse período, 81 pessoas morreram. Outros 435 casos estão sob investigação. No período anterior (entre julho de 2016 e janeiro de 2017), o Ministério da Saúde havia registrado 468 casos da doença e 147 mortes. 

Na última semana, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro deram início à campanha de vacinação fracionada. Na Bahia, a aplicação das doses será realizada a partir do dia 19 de fevereiro. Ainda segundo o Ministério da Saúde, a vacina fracionada segue recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e apresenta a mesma proteção que a dose integral. 

São Paulo é o estado que mais teve casos confirmados de febre amarela com 108 registros até esta terça-feira (30). Minas Gerais é o segundo em número de confirmações com 77 casos. No Rio de Janeiro foram 27 registros. O Distrito Federal confirmou um caso da doença. No Paraná não há confirmações de febre amarela, mas quatro casos estão sob investigação.

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