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INVESTIGAÇÃO

Produtos embutidos são interditados após casos de botulismo em Francisco Alves

A Vigilância Sanitária interditou também a lanchonete onde as crianças comeram após constatar falta de licença sanitária

Publicado em 30/11/2018 às 05:34

(Foto: Ilustrativa)

Dois casos suspeitos de botulismo estão em investigação no município de Francisco Alves, no noroeste paranaense. As pacientes, duas meninas de quatro e seis anos de idade, foram internadas em Umuarama, receberam o soro antibotulínico e já receberam alta do hospital. As vigilâncias sanitárias estadual e municipal acompanham o caso e estão investigando como ocorreu a contaminação.

Como explica a chefe da Divisão da Vigilância em Saúde da 12ª Regional de Saúde – Umuarama, Alethéia Bush, as crianças começaram a apresentar sintomas no sábado (24) pela manhã, foram atendidas em um hospital em Francisco Alves e transferidas para Umuarama, onde foram internadas. O serviço aeromédico do Governo do Estado foi acionado para realizar o transporte do soro antibotulínico até as pacientes, que reagiram bem ao tratamento e tiveram alta na manhã desta terça-feira (27). A suspeita é que a contaminação tenha acontecido após a ingestão de um sanduíche em uma lanchonete de Francisco Alves.

O médico veterinário da Vigilância Sanitária da 12ª Regional de Saúde Sérgio Eko informa que as equipes da Vigilância Sanitária fizeram vistorias na lanchonete e nas empresas fornecedoras das matérias-primas usadas no lanche e coletaram amostras dos alimentos, que foram enviados para análise. “Precisamos esperar até a conclusão dos laudos laboratoriais para determinar qual alimento foi responsável pela contaminação”, explica Sérgio.

Preocupação

Mesmo sem os resultados laboratoriais, como medida preventiva a Vigilância Sanitária interditou a lanchonete onde as crianças comeram após constatar falta de licença sanitária, e conservação inadequada dos alimentos. Outro local, onde o queijo usado no preparo dos lanches era manipulado, também foi interditado por falta de higiene, de estrutura adequada e por não possuir licença e autorização para essa atividade. O mesmo ocorreu o setor de fatiamento da empresa Nutry Queijo, em Umuarama, que não tinha autorização e registro junto ao órgão da agricultura para fazer o fatiamento do produto.

“Nossa recomendação é que se algum consumidor tenha adquirido apresuntado fatiado dessa empresa que não o consuma e o descarte para evitar riscos, uma vez que trata-se de um produto irregular”, diz Sérgio.

Nesta semana, o proprietário da empresa em Umuarama, Claudiomar Daniel, disse ao Portal da Cidade Umuarama, por telefone, que aguardava o resultado dos laudos que irão determinar qual produto estava, de fato contaminado. Até a questão do transporte desse alimento ( o apresuntado) para Francisco Alves precisa ser vista porque não tivemos registro de mais nenhum outro caso de contaminação por botulismo em decorrência do consumo desse embutido.” explicou Claudiomar Daniel Campos, proprietário da empresa Nutry Queijo.

Recomendação enviada pela Regional de Saúde

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