Portal da Cidade Cruzeiro do Oeste

Vacinação contra gripe só começará em maio na rede pública

Publicado em 10/04/2015 às 06:25

Prevista para este mês, a campanha nacional de vacinação contra a gripe será lançada neste ano apenas em 4 de maio, segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

De acordo com o ministro, o atraso ocorre devido à necessidade de incorporação de proteção contra um novo tipo de vírus, que hoje circula no hemisfério norte.

Ainda não há informações de quantas doses serão distribuídas às unidades de saúde e a meta de pessoas a serem vacinadas. Em 2014, foram distribuídas mais de 53 milhões de doses.

O públic­o alvo da vacina abrange crianças de seis meses a cinco anos, idosos, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas não transmissíveis e população privada de liberdade, por serem mais vulneráveis a desenvolver a doença.

No ano passado, a meta do Ministério da Saúde era vacinar 80% do público alvo, que somava quase 50 milhões de pessoas. Na ocasião, a dose da vacina protegia contra três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

Atraso também na rede privada 7 A disponibilização das doses de vacina contra a gripe, geralmente iniciadas a partir de março pela rede particular, neste ano deverá ocorrer praticamente junto com a da rede pública, a partir da segunda quinzena de abril em Curitiba. Em vários laboratórios consultados pela reportagem, a informação é de que houve atraso na entrega por parte da indústria. No Ministério da Saúde, embora ainda não haja uma definição sobre a data da campanha nacional de imunização, a informação é de que os detalhes estão na fase final. No ano passado, a campanha nacional teve início no dia 25 de abril.

Sem uma data definida, os laboratórios iniciaram o cadastramento dos interessados em comprar uma dose. Em apenas uma semana, o sistema de cadastro do Laboratório Fischmann Aisengart já contabilizava 220 inscritos.

“A indústria não explicou o motivo do atraso. Não sabemos se o atraso ocorreu apenas com a entrega ou a fabricação”, diz Milton Zymberg, diretor do Laboratório. 

Entre os empresários do setor, especula-se que, como a vacina é importada, o motivo do atraso é alta do dólar. Como o mercado de câmbio passou por um período de grande instabilidade, é possível que a importação tenha sido postergada a espera de uma acomodação do mercado de câmbio. 
Sobre o preço que a dose deverá ter, os laboratórios consultados acreditam que não deva ocorrer uma grande majoração, mesmo com a oscilação do dólar. No máximo deve haver a reposição da inflação. No ano passado, a dose da vacina custava entre R$ 60 e R$ 70.

Fonte:

Deixe seu comentário