A Polícia Civil desvendou o desaparecimento de Manoel Ferreira da Rocha, de 73 anos, que foi visto pela última vez no sábado (23), na casa onde residia, no Jardim Paulista, em Paranavaí. Segundo a investigação, o idoso foi morto pelo próprio filho, um rapaz de 21 anos, com vários antecedentes criminais e que confessou ter matado o pai a marteladas.
De acordo com o delegado Luiz Carlos Manica, chefe da 8ª Subdivisão Policial, o homem foi preso na noite desta quinta-feira (28), em Curitiba, juntamente com a namorada, uma adolescente de 14 anos, que também é suspeita de ter participado do homicídio.
A prisão ocorreu após investigação da Polícia Civil a partir de indícios do crime na casa da vítima. “Os investigadores perceberam que a residência encontrava-se extremamente limpa. Contudo, em uma das vistorias foi encontrado manchas de sangue em um colchão, que estava escondido no quintal da residência, bem como pedaços de tecidos com sangue dentro de uma sacola e um balde plástico com manchas que aparentemente podem ser de sangue. Na sequência, investigadores passaram a receber várias ligações dando conta de que o filho do seu Manoel, que residia com o pai, seria o autor do crime e estava desaparecido desde o dia 23 e de que estaria de posse do carro de Manoel”, relatou.
Diante das informações, os investigadores buscaram o monitoramento da tornozeleira eletrônica do rapaz, e constataram o rompimento entre a cidade de Paranavaí e Nova aliança do Ivaí, sendo observado que ele ficou parado em um canavial por determinado tempo, levando a sérios indícios de que, talvez o corpo do desaparecido pudesse estar naquela localidade.
Conforme o delegado, o jovem confessou ter matado o pai no último final de semana com marteladas após discussão na casa onde os dois moravam. O motivo, segundo o suspeito, é que ele teria surpreendido o idoso tentando abusar da namorada adolescente.
“Ele disse que após o crime colocaram o corpo no veículo e enterram em um canavial localizado entre Paranavaí e Nova aliança. Depois ele pegou um ônibus juntamente com sua namorada e evadiu-se da cidade”, explicou o delegado.
O jovem e a adolescente serão transferidos para Paranavaí no início da semana onde serão interrogados e deverão indicar onde está o corpo do idoso. “A Polícia Civil continua as investigações para constatar e confrontar os fatos com a verdade buscando conclusão final das investigações e remessa do inquérito para posterior julgamento do poder judiciário”, ressalta Manica.
Foi solicitada a prisão temporária do jovem pelo prazo de 30 dias. Ele ficará preso, pois já tem vários antecedentes como incêndio, furto qualificado, corrupção de menores, uso de drogas e ameaça. Estava em liberdade com monitoração de tornozeleira eletrônica. Ele deverá responder pelo crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, cuja pena ultrapassa 30 anos de prisão.
