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Cruzeiro do Oeste comemora a diminuição de cesáreas e o aumento de partos normais

Publicado em 18/02/2016 às 05:09

Em 2013, ano em que o Hospital Municipal foi inaugurado, as cesarianas responderam por 54% dos partos realizados em Cruzeiro do Oeste, contra apenas 46% de partos normais. Já em 2015, apenas 37% dos partos foram cirúrgicos e 63% dos partos foram naturais.

Considerando-se dados parciais deste ano, até o dia 15 de fevereiro, os índices são ainda mais expressivos: 33% de cesarianas e 67% de partos normais. E essa diminuição do número de cesáreas é comemorada pelo prefeito Valter Pereira da Rocha.

“Esse é o resultado direto de uma atenção diferenciada que dispensamos à gestante na Rede Municipal de Saúde, porque sabemos que o parto normal é mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê e estamos trabalhando para que os índices se aproximem ainda mais do que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS), que é um máximo de 15% de partos realizados pelo método cirúrgico”, diz Valtinho.

Infelizmente o Brasil é campeão mundial em partos realizados através do método cirúrgico, com aproximadamente 52% dos partos realizados. Os dados são da pesquisa “Nascer no Brasil”, da Fundação Osvaldo Cruz, em parceria com outras instituições científicas e recentemente divulgada.

Normal é melhor

A cesariana é fundamental nos casos onde existam riscos para mãe ou para o bebê, mas só deveria ser utilizada em casos estritos de indicação médica. O problema, diz o secretário municipal de Saúde, Hailton Oliveira, é que as gestantes acabam preferindo a cesárea para fugir da dor do parto e também para ter a comodidade de poder agendar o nascimento do bebê, sem levar em consideração os riscos a que ela e o bebê se submetem.

“Embora a cesariana seja uma intervenção realizada com muita segurança, é uma cirurgia e, por isso, tem maior índice de complicações possíveis, como infecções, hemorragias, hematomas, lesão de órgãos, dores, aderências, indicação para outras cesarianas, etc, além de aumentar o índice de mortalidade em comparação com o parto normal, tanto para a mãe quanto para o bebê”, explica o secretário.

Fugindo da dor do parto, com a cesariana as mamães acabam tendo de enfrentar o pós-operatório, que impõe uma recuperação difícil e bem mais demorada.  Além disso, e também de acordo com a OMS, nos chamados partos naturais há um total envolvimento e participação da mulher no processo da acolhida de seu bebê, com repercussões imediatas altamente positivas no vínculo afetivo entre eles.

Número de partos naturais aumenta a cada ano graças a atendimento de qualidade, diz prefeito Valtinho. 

Evolução dos índices ano a ano

 

PERÍODO                                                      PARTOS        NORMAL       CESÁREA

2013                                                                    182            83 (46%)       99 (54%)

2014                                                                    203            119 (58%)     84 (42%)

2015                                                                    200            125 (63%)     75 (37%)

2016*                                                                   2416 (67%)       8 (33%)

 

*Até 15/02


Resultados foram construídos com qualidade na atenção materno-infantil

Dentro da política de atenção materno-infantil, a Secretaria Municipal de Saúde implantou um sistema centralizado na Clínica da Mulher, onde são atendidas todas as gestantes de Cruzeiro do Oeste. E o atendimento é de qualidade.

As gestantes fazem o agendamento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência e são atendidas na Clinica da Mulher, ao lado do Posto Central, no centro da cidade, para toda a rotina de atendimento pré-natal, com dois profissionais de Ginecologia e Obstetrícia todos os exames laboratoriais necessários, além de exames de ultrassonografia.

Além disso, as gestantes são acompanhadas com visitas domiciliares regulares dos profissionais do Programa Saúde da Família e também participam de palestras e recebem informações através da Associação de Proteção à Maternidade e a Infância (APMI).

 

Para o atendimento do parto em si, o Hospital Municipal conta com plantão obstétrico de 24 horas.

Exemplo de Elisângela

A dona de casa Elisângela Aparecida Justino de Souza, 18 anos, acabou de passar pela segunda experiência de ser mãe. No dia 10 de fevereiro ela deu à luz, no Hospital Municipal, um bebê do sexo masculino que nasceu de parto normal, com 3,2 kg e 47 centímetros.

Elisângela, que é casada é mora na Rua Maranhão, 148, no Jardim Cruzeiro, teve todo atendimento pré-natal na Clínica da Mulher e fez a opção pelo parto natural pela experiência positiva que no nascimento do seu primeiro filho, que também nasceu de parto normal.

“Sempre fui muito bem atendida. Tive as duas gravidez tranquilas e os partos sem problemas. É muito bom quando a gente pode contar com um atendimento assim, desde as primeiras consultas e depois na atenção ao bebê também, diz Elisângela.

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